Entendendo o que são as Fake News nas Mídias Sociais

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O tema das “fake news” certamente é um dos mais debatidos na atualidade. O termo é constantemente utilizado em diversos meios, desde a política (como se viu nas eleições norte-americanas de 2016, com Donald Trump utilizando do conceito frequentemente) até a ciência (sendo o fenômeno do “terraplanismo”, um exemplo emblemático).

Aos portais que divulgam notícias e matérias jornalísticas, ou mesmo às marcas que reproduzem conteúdos desse tipo, pode ser perguntado: não é possível filtrar o que são fake news e o que são materiais verdadeiros? Seria possível criar um código que fizesse essa seleção automaticamente para que o seu público possa confiar nas informações compartilhadas?

A resposta, infelizmente, é não.

O problema é que o debate em torno das fake news não tem tanto uma natureza técnica (ou seja, não se discute se é possível programar um código desse tipo), mas muito mais filosófica e social.

De forma simplória, alguns podem afirmar que as fake news são todas as notícias que não são verdadeiras. Mas como definir o que é realmente “verdadeiro”? Essa análise passa pela subjetividade de cada pessoa, o que significa que não há critério universal para colocar as informações na caixinha de verdades ou na caixinha de mentiras.

A problemática de distinguirmos o confiável do duvidoso fica ainda mais caótica se pararmos para pensar que, hoje em dia, um cientista altamente qualificado (um expert em sua área) tem os mesmos canais de comunicação que alguém que publica conteúdo com base em achismos ou tenta enganar seu público com informações suspeitas. Muitas vezes, essa segunda pessoa tem mais alcance nas redes que o cientista citado anteriormente.

No fim das contas, somos arrastados para uma bolha composta por pessoas que acreditam nas mesmas coisas que nós, e isso dificulta as opiniões contrárias e afasta quem é diferente – o que é muito confortável, mas ruim para a democracia que as redes sociais, em tese, poderiam oferecer.

Dessa forma, somos influenciados a nos isolarmos em nossas tribos virtuais, simplesmente reafirmando aquilo que acreditamos e, consequentemente, classificando todo o resto como fake news, enganação etc.

Por tudo que foi comentado aqui, fica claro que realmente o problema das fake news é um assunto com grande conteúdo filosófico, e nos leva a questionar nossas conexões nas redes sociais e o que fazer para sair dessas bolhas virtuais.

Como já abordamos em outro artigo, uma marca ou mesmo um perfil pessoal deve se atentar à credibilidade que passa nas redes sociais. Para isso, é de enorme importância sair da bolha e fugir das notícias que, de fato, são mentirosas e danosas à reputação.

Relembrando rapidamente o que foi dito em outra oportunidade, é recomendável uma atenção redobrada à credibilidade da fonte que compartilhou determinada notícia ou dado, se ela foi reproduzida em outros canais, como as pessoas estão reagindo e, claro, ler o conteúdo por completo antes de espalhar pelas redes.

Em resumo, grande parte das informações compartilhadas na internet serão classificadas de “fake news” por algum grupo, em algum lugar. O segredo para não cair em armadilhas é ter a cautela de checar o conteúdo por si só e longe dos dogmas de uma bolha virtual ou tribo social específica.

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