Dia Mundial Sem Carne levanta debate sobre veganismo e vegetarianismo

No último domingo (20), o mundo celebrou o “Dia Sem Carne”. Veja o que as pessoas falam sobre essa prática na internet!
Veganismo e Vegetarianismo
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O Dia Mundial Sem Carne tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para o consumo exacerbado de carne em todo o mundo e como esse hábito pode afetar o meio ambiente e a saúde do ser humano.

Segundo o site G1, uma pesquisa feita no Brasil em 2018 apontou que os adeptos da alimentação vegetariana somavam 30 milhões de pessoas (14% da população brasileira). Já os veganos somavam cerca de 7 milhões (3,2% da população). Algumas celebridades nacionais e internacionais já se declararam veganas ou vegetarianas, como Xuxa (vegana), Paul McCartney (vegetariano), Lewis Hamilton (vegano), Greta Thunberg (vegana), Felipe Neto (vegetariano), entre outros.

Mas qual é a diferença entre os dois termos?

A nutróloga Valéria Goulart explicou para o site UOL: “O vegetariano é aquele que não consome nenhum tipo de proteína animal, carne, peixes, porém, consome leite e ovos. O veganismo pode ser considerado mais como uma filosofia de vida, pois o vegano não consome nada que o processo de fabricação venha de origem animal, incluindo inclusive seus derivados.”

Veja, abaixo, o que os brasileiros sobre o assunto ao longo dos últimos cinco anos:

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Análise geral: veganismo e vegetarianismo

Utilizamos a plataforma Brandwatch, nossa parceira, para rastrear as conversas sobre “veganismo” e “vegetarianismo” entre os dias 21 de março de 2017 e 21 de março de 2022. Ao todo, foram cerca de 8 milhões de menções ao assunto, um aumento de 8.449% em relação ao período anterior, ou seja, os cinco anos anteriores. Enquanto isso, foram registrados cerca de 2,2 milhões autores únicos, o que representa um aumento de 3.658%.

Dia Mundial Sem Carne levanta debate sobre veganismo e vegetarianismo - menções

É possível observar que os maiores picos da conversa foram em 2018 e 2019, principalmente nos meses de março, agosto e novembro. Os post mais compartilhados no Twitter “brincam” com o sentimento das frutas e legumes ou falam sobre abrir um restaurante vegano chamado “contra-filé”. Como sempre, os brasileiros fazendo piada:

  • Sentimento das frutas e legumes
  • Abrir um restaurante

80% dessas menções podem ser classificadas como negativas. Entre elas, o tweet mais compartilhado fala sobre o desrespeito que os veganos sofrem em alguns estabelecimentos. As demais menções são positivas e falam sobre ser vegano e amar os animais.

Dia Mundial Sem Carne levanta debate sobre veganismo e vegetarianismo - sentimento
  • Desrespeito aos veganos (negativo)
  • Ser vegano (positivo)

Já as plataformas sociais onde as pessoas mais comentaram sobre o assunto foram Twitter (67%), Instagram (24%), portais de notícias (3%), Youtube (3%), Facebook (1%), Tumblr (1%) e blogs (1%). Vale ressaltar que, no Instagram, a maioria das publicações são de usuários que promovem ou vendem produtos veganos.

Plataformas

Por meio de uma análise de logos realizada entre  fevereiro e março de 2022, a Brandwatch também identificou que as marcas mais mencionadas junto ao tema foram a rede de fast food McDonald’s (29%), o aplicativo de delivery IFood (10%) e a plataforma de streaming Netflix (8%).

Dia Mundial Sem Carne levanta debate sobre veganismo e vegetarianismo - marcas

O McDonalds foi mencionado por pessoas que foram ao estabelecimento e tiveram que tirar a carne do lanche por falta de opção. Já o IFood foi mencionado por restaurantes que oferecem comida vegana ou vegetariana e estavam divulgando seu serviço. E, por fim, a Netflix foi mencionada para falar de um filme que apresenta uma personagem vegana.

  • McDonald’s
  • Netflix

Quem está falando sobre veganismo e vegetarianismo?

Ao analisar as menções ao tema em português, observamos que cerca de 55% dos autores se identificam como mulheres e que o termo mais falado por esse gênero foi “receitas”. Enquanto isso, os outros 45% são homens e o termo mais falado foi “churrasco”, o que é justamente oposto à proposta. 

Dia Mundial Sem Carne levanta debate sobre veganismo e vegetarianismo - gênero

Os autores únicos analisados também se interessam por música (20%), TV (9%), esportes (8%) e belas artes (7%). Além disso, eles trabalham como executivos (24%), artistas (24%), professores (16%) e estudantes (9%).

Outro ponto importante é que os países que mais falaram sobre vegetarianismo e veganismo em português foram: Brasil (84%), Estados Unidos (4%), Portugal (4%) e Indonésia (1%). 

Falando especificamente sobre o Brasil, os estados onde o tema mais repercutiu foram São Paulo (29%), Rio de Janeiro (18%), Minas Gerais (8%), Rio Grande do Sul (8%), Paraná (6%) e Santa Catarina (5%)

Estados brasileiros

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, grande parte das conversas são sobre as ações tomadas por influenciadores digitais que defendem a causa, como Luisa Mell e Jaden Smith:

  • Luisa Mell (São Paulo)
  • Jaden Smith (Rio de Janeiro)

Expressões mais usadas pelos brasileiros

“Animais”, “pessoas”, “vida”, “vegan” e “casa” são as palavras-chave mais faladas pelos usuários. Além disso as hashtags mais usadas são: #vegan, #vegano, #vegetariano e #govegan. Veja a nuvem de palavras abaixo:

Nuvem de palavras

Ao analisar esses termos mais de perto, é possível notar que, na conversa, há críticas feitas a ambos os estilos de vida e até conversas mais descontraídas. Veja alguns exemplos:

Entre os emojis mais utilizados na conversa, podemos citar “plantas”, “corações” e “carinhas felizes”. Em geral, os emojis acompanham um sentimento positivo sobre o assunto, lembrando que o predomínio da cor verde está ligado ao fato do movimento estar ligado ao meio ambiente e à alimentação à base de vegetais. 

Além disso, os emojis de “alimentos” e “celulares” estão em publicações sobre restaurantes que fazem delivery e possuem produtos veganos e vegetarianos no cardápio.

Nuvem de emojis

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