Como surgiram as fake news e como elas nos impactam

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O termo “fake news” é uma tendência recente, e cada vez mais ouvimos falar dessa expressão que há alguns anos não tinha espaço nenhum. Hoje em dia, é frequente que políticos, artistas e pessoas influentes em geral utilizem o termo fake news para se referir a boatos que não são verdadeiros, notícias enganosas ou sensacionalistas.

 

Pesquisa do Google Trends revelou que o termo passou a ser disseminado nas eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2016. Donald Trump, atual presidente norte americano, ficou famoso por utilizar “fake news” para se dirigir a portais que ele considerava sem credibilidade e parciais.

 

Apesar da popularização imensa da expressão nos dias recentes, um estudo publicado pelo dicionário Merriam-Webster revelou que o termo “fake news” vem sendo utilizado desde o final do século 19. Pela expressão ser autoexplicativa (pois, literalmente, quer dizer “notícias falsas”), seu significado não se alterou, apenas o contexto de sua utilização.

 

A verdade é que notícias enganosas e rumores sempre existiram, e sempre foram armas de lados contrários em um combate. Porém, é com o avanço das redes sociais e das ferramentas de dados que as fake news passaram a se proliferar de forma muito mais rápida, numerosa, e também de forma mais pessoal, levando em conta os interesses e opiniões dos “alvos” dessas notícias.

 

 

Cambridge Analytica

 

O recente escândalo envolvendo o Facebook e a Cambridge Analytica, empresa de consultoria política que trabalhou na campanha de Trump à presidência, expôs o antes inimaginável alcance que podem ter as fake news.

 

Os dados de dezenas de milhões de usuários da rede social foram obtidos pela empresa, e (supostamente) utilizados para direcionar mensagens a favor de Trump a essas pessoas, de forma personalizada e muitas vezes envolvendo matérias e fontes pouco confiáveis. O portal americano Bussiness Insider descreveu o episódio da seguinte forma: “a Cambrigde Analytica elevou as fakes news a um novo patamar”.

 

O evento envolvendo Facebook e Cambrigde Analytica nos revela que as informações obtidas na internet estão presentes em número tão grande, que é difícil fazer a diferenciação daquilo que é ou não contaminado com a ideia das fake news. Mesmo portais de muito renome foram contestados recentemente por espalharem boatos como se fossem notícias verdadeiras.

 

O que também nos é revelado, por meio da história recente das fake news, que deve estar longe de acabar, é que o termo pode ser uma arma na mão de qualquer pessoa que tenta tirar o crédito de alguma matéria ou portal.

 

Às vezes, é impossível definir, objetivamente, o que é fake news ou não, pois esse tipo de julgamento pode ser emitido com opinião e ideologia presente. Ou mesmo, frequentemente nos deparamos com informações que são praticamente inverificáveis, e simplesmente confiamos ou não na notícia pela reputação do portal.

 

Em resumo, é essencial que todos estejamos atentos e céticos com o avanço e sofisticação das notícias falsas no contexto atual, e que a pesquisa em certos portais de informações mais confiáveis e verificadas sejam a última palavra quando se trata de notícias bombásticas relacionadas à política ou personalidades, pois essa é uma das poucas defesas que os usuários têm frente aos interesses de grandes empresas que manipulam notícias e são verdadeiras fábricas de fake news.

 

Photo by chester wade on Unsplash

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